sábado, 24 de janeiro de 2009

Sobre Hilel e Pôncio Pilatos

Esse tópico foi retirado do livro “Uma Historia do Povo Judeu” – de autoria de Hans Borger

Dizia Hilel:

“Aquele que corre atrás de muita fama, perde-a.

Quem não aumenta seus conhecimentos,diminui-o.

Ame a paz, ame os homens, aproxime-o da Torah.”

Ao contrario de Shamai, Hilel favorecia o proselitismo e conta-se que, um dia foi procurado por um pagão, que lhe ensinasse toda torah “enquanto se equilibrasse em cima de um pé só, Hilel respondeu: “não faça a teu próximo o que é odioso para ti” - esta é toda a Torah, o resto é comentário” - comentário, no caso, significando é vá e estude.

A atuação de Hilel encerrou-se quando o procurador esta sendo mais uma vez substituído. “Um bom pastor tosa suas ovelhas,mas não ás esfola” foi mais uma das máximas que o imperador Tibério, com o que demitiu Valerio Grato, e nomeou Pôncio Pilatos. Já no início da gestão do procurador provou-se desastrosa. Pilatos deu ordem a seus soldados que entrassem em Jerusalém portando estandartes legionárias com a efígie do imperador, com o que contrariava a praxe de todos seus antecessores - deixa-las de fora do perímetro urbano. Massas de judeus irritadas cercaram então a sede do governo em Cesaréa, protestando o que para eles era uma afronta idólatra. Receando um escândalo logo no começo de seu mandato, Pilatos deu contra-ordem, evitando por pouco um massacre entre os manifestantes.

Outro motivo de constantes atritos, era a guarda das vestes cerimoniais do sumo-sacerdote, exercida pelas autoridades romanas, pois sujeitava a celebração condigna das datas religiosas aos caprichos de um burocrata menor,odiosa evidencia da opressão estrangeira. Um apelo do governador geral da siria, Vitélio, finamente conseguiu que se suspendesse a humilhante custódia. Foi também a Vitélio que os samaritanos se queixaram,depois que Pilatos executou um elevado numero deles, atraídos por um suposto messias para uma cerimônia religiosa no monte Guerizim,o que os tornou suspeitos de uma movimentação rebelde.

Cansado das queixas contra o procurador, Vitélio suspendeu-o do cargo e ordenou seu regresso para Roma, a fim de ser julgado. A caminho Pilatos sumiu sem deixar vestígios, tragado pelo turbilhão que, a aquela hora envolvia a capital imperial devido ao assassinato de Tibério. Nada consta pelo fim do homem que teria lavado suas mãos por uma vida a mais por ele condenado à cruz.

Nenhum comentário:

Postar um comentário