sábado, 18 de abril de 2009

Lembranças da Infância

São Paulo 18/04/2009

Lembranças de um passado, que jamais voltará: Guanabara - capital do rio de janeiro - (antiga capital federal) onde nasci em 2 de julho de 1920 - "carioca da gema".

Comecei minha vida escolar primaria, aos, 7 ou 8 anos. Já sabia muito bem, ler, escrever e as quatro operações aritméticas [meus pais sempre afeitos a educação, me colocaram, aos 2 anos no Instituto Hafeld - dirigido por duas senhoras inglesas onde aprendi o bê-a- ba - bem como pequenas operações - somar - dividir - diminuir - multiplicar - enfim o básico. Minha mãe, professora de escola normal aos 17 anos, na antiga Rússia do Tzar - Nicolau segundo - veio ao Brasil, com meus avós maternos, meu tio e irmãs - devido a pogroms, costumeiros na época.

Situando residência em São Paulo - capital - ano 1912 - conheceu meu pai, também refugiado na época da Primeira Guerra Mundial, onde após alguns anos - 1917 - casaram, e foram morar na Guanabara - RJ - onde meu pai tinha seu estabelecimento. Resultado desse casamento: 3 filhos - meu irmão, eu e minha irmã. Tínhamos uma situação estável - meu pai vinha a São Paulo para compra de casimiras, principalmente inglesa, para abastecer seu estabelecimento. Tive a oportunidade, de ver a construção do maior prédio da América do Sul na época* - o Martinelli - estava ainda no quinto piso - por problemas financeiros seu dono - Martinelli, naturalmente, o construía aos poucos, chegando ao vigésimo segundo andar, onde estabeleceu residência. Vi também o antigo Viaduto do Chá (esse nome, devido a uma plantação de chá abaixo dele) era rudimentar, seu piso de madeira estremecia quando passava um bondinho puxado a cavalo - eletricidade, só nas casas e pequenos prédios e estabelecimentos comerciais.

Nas ruas lampiões de gás. Foi tema de uma das canções da cantora Elizete Cardoso. São Paulo era uma cidade muito feia naquela época - pois o Rio de Janeiro, já tinha iluminação elétrica, e ruas asfaltadas - em São Paulo, ruas eram calçadas de paralelepípedos.

Descrevo tudo isso, por uma razão muito simples. Em 1929 - com a quebra da bolsa na Wall-Street - em Nova York - EUA - meu pai, que a conselho de amigos, aplicava, parte de seus recursos na bolsa, assim como todos industriais e comerciantes faziam. Mas com a quebra sucessiva das bolsas, perdeu grande parte de seu patrimônio; enquanto muitos industriais e comerciantes pediam falência, para salvar algum dinheiro; meu pai, disse a minha mãe e família - com o dinheiro que me sobrou, pagarei a todos meus credores, seguirei a todos meus ancestrais - cujo sobrenome - Pripas - tem que ser honrado e passado a meus filhos. Assim tem sido, eu e todos meus filhos e netos e famílias de sobrenome Pripas, faremos tudo que é possível para honrar o sobrenome "Pripas", mesmo a custa de venda de qualquer patrimônio. (pena essa atitude radical, não se adapte a muitas pessoas principalmente - certos políticos (não devo generalizar todos) sempre haverá bons, honestos, e éticos políticos - senão haveria o caos, (não desejo essa situação ao meu querido Brasil), vamos combater o bom combate a corrupção, como já fazem EUA e outros países.

Os EUA. - presidido por Barack Obama - exemplo vivo de uma personalidade impar - carismático - simples, sempre pronto a dialogar - exemplo ao Brasil (precisamos de um (Barack Obama - tupiniquim) sei que é difícil, depende muito de nosso povo, temos sim, um candidato o governador José Serra, em quem eu e toda família e amigos votamos, quando candidato a presidente, primeiro em 2002 - e também em 2006 - infelizmente, perdeu as eleições. Pense bem, minha gente, o Brasil merece um presidente a altura, que, governe esse imenso paraíso, que é nosso território, com sua rica natureza: Amazônia com seu bioma - imensas florestas, rios caudalosos, seus pássaros e animais - ervas medicinais, cobiçadas por laboratórios internacionais. O Brasil é muito visado também pelo imenso lençol de água doce - no solo e sub - solo e imensa quantidade, depositados em aqüíferos, o principal, Guarany, é um dos maiores do mundo, temos uns 20% de água doce de boa qualidade do mundo inteiro, que a humanidade vai precisar dentro de apenas, possivelmente uns 20 ou 30 anos. Vamos lutar para preservar o que é nosso - atentai Brasil, lutaremos ou seremos vencidos; "dizem que Deus é brasileiro, portanto, olhai por nós, Amém - aos meus leitores um abraço fraterno..

Ao assunto seguinte: voltando ao passado, 1930 - meu pai acabrunhado, pela perda de seus bens, conquistados a custo de muito trabalho e principalmente devido ao Crack das bolsas em 1929 - onde aplicava parte de seu dinheiro - juntou a família, e voltamos a São Paulo, onde residia a família de minha mãe. Lembro muito bem: estávamos na plataforma dos trens da central do Brasil. Chorava, meu pai perguntou, por quê? Disse-lhe, vou sentir muitas saudades do Rio de Janeiro, que para mim era um paraíso, onde vivi os melhores anos de minha vida - até hoje, penso nisso - quis o destino - em São Paulo encontrei a mulher de minha vida - casei - me, deu - me ela 3 filhos, dois meninos e uma menina, que já adultos, casaram, desse casamento resultou; o nascimento de sete netos maravilhosos - " 4 deles casados "sou coruja deles" - estou esperando, se biologicamente viver, pois minha neta Luciana, grávida, espera dar a luz um menino - que será meu primeiro bisneto se Deus - destino quiser. Amém.

Vocês notaram que eu insisto lembrar minha juventude - então prossigo: (o fato se deu durante a grande depressão) quando em São Paulo, grande produtor de café, o excesso da produção era queimado, para manter o preço de mercado "eu, criança de uns 12 anos minha mãe e meu tio Gabriel, víamos essas queimadas, quando a caminho do Sitio do Picalli - situado na Freguesia do Ó, nosso carro um Ford - ano 30. Passava por estradas - de terra - hoje - av. Água Branca ou Antártica, chegando na parte alta da Freguesia do Ó, uma igreja, sinalizava um caminho de terra, como estivéssemos no interior, o carro não subia ate lá; o jeito era irmos a pé até o sitio, na volta também "entremeei essa passagem; como saudade, de minha mãe meu pai e minha juventude. <um abraço ao meus queridos leitores>.

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