sábado, 9 de maio de 2009

Inimigo Inútil

Um artigo escrito na Folha, Adrian Hamilton, do "Independent" comenta - se as vezes que, se o presidente do Irã, ("cito apenas iniciais" M. A. - meu humor altera quando preciso escrever seu nome) - não existisse, os israelenses teriam que inventá-lo. Que prova melhor é preciso da ameaça grave que o país enfrenta, do que um "homem" que afirma, que o Estado de Israel deveria ser extirpado do mapa. Se a mãe de tal indivíduo o abortasse antes de nascer, Israel e países que respeitam direitos humanos seguiriam bem seus destinos, principalmente demonstrando à humanidade que a democracia é o melhor regime, já que não apareceu até hoje outro melhor.

Manchete na Folha de São Paulo: Israel substitui Saddam por Ahmanidejad como inimigo útil - convém a Netanyahu retratar o Irã como grande perigo á existência israelense, mas incluí-lo no pacote da questão Palestina só atrapalharia as duas soluções.

Por quê? Se Obama e o ocidente quiserem dialogar com o Irã, terão que fazê-lo nos termos ditados pelo oponente - Irã. Complicar a questão, levando em conta as exigências de Israel será contraproducente. É como uma rota de colisão, entre EUA e Israel. Netanyahu recuou de uma solução de um conceito de dois estados e não sinaliza mudança de rumo na expansão de assentamentos ou de outras questões controversas.

Na votação na ONU em 1947 - a resolução 147 foi aprovada pela maioria absoluta dos países nela inscritos; a partilha da Palestina, aceita pelos representantes israelenses, foi recusada por representantes árabes que se retiraram em protesto. Da partilha resultou a existência de Israel como estado independente e soberano. Muitas batalhas e guerras, vencidas pelo Exércitos de Defesa de Israel, definiram a soberania e existência do país; judeus não foram jogados ao mar; ficaram onde se encontram até agora. Os palestinos não tiveram naquela ocasião seu tão sonhado estado por ignorância dos próprios árabes; torno a repetir: queriam todo território e ficaram sem nada.

Teimo em tentar explicar, o titulo de meu livro. “A formiga e o Elefante”: numa comparação, Israel devido seu pequeno território é a Formiga, frente aos imensos territórios árabes - o Elefante; a explosão demográfica é o principal inimigo de Israel.

Por quê? As mulheres árabes são mais prolíficas em gestar filhos; mulheres israelenses de um modo geral, servem ao exercito. Filhos quanto muito um ou dois.

Os ortodoxos judeus se encarregam de completar a população, após as habituais rezas. Não fazem mais do que isso. A eles aplica-se o aforisma <enquanto muitos trabalham eles rezam> apenas esperando o messias. O israelense laico, trabalha produz, tem mais qualidade de vida. Vamos ficar por aí; um dito popular muito divulgado diz: religião e futebol não se discute; depois da escuridão vem a luz. Como a luz vem do sol, lua cheia ou lampadas, é como discutir o fim do infinito. Alguém sabe? É como uma equação universal, que jamais será resolvida.

Guardadas imensuráveis proporções é como o problema israelo/palestino - posso dar um conselho? Caso aceito é uma “missão impossível" mas tento: palestinos, vocês são um povo educado inteligente, mais alfabetizados mais preparados do a maior parte de seus irmãos árabes, vivendo em imensos territórios: trabalhando em conjunto com eles ao invés de contra Israel, todos teriam muito mais a ganhar; após os dólares provindos da exportação de petróleo, que é finito, teriam médicos, engenheiros, professores agricultores. Produzindo na sua área de atuação, produtos agropecuários para abastecer a população, cujo excedente poderia ser exportado, gerando lucros, construir escolas, hospitais, estradas, uma qualidade de vida melhor. Vejam bem, orações fazem bem ao espírito a alma; mas o trabalho dignifica o gênero humano, a democracia e direitos humanos, preservam a liberdade de viver harmoniosamente com outros povos, raças etnias e religiões.

Pessoas pessimistas acham que estou sonhando, que tal experimentar? Vivermos civilizadamente não é sonho; que o digam países democráticos, em cuja constituição, consta: direitos humanos é direito adquirido, que pode ser aplicado ate á animais irracionais (caso dos ditadores, aí sim, tem a obrigação de provarem serem humanos) (acho difícil) mas na porrada, quem sabe.

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