quarta-feira, 9 de setembro de 2009

09/09/09

Vejam esses três de hoje (09/09/09): 9 vezes 3= 27 + 4= 31. Vamos pensar em 31 bilhões de reais que é o preço que o Brasil terá que pagar a França, para fechar a venda de 36 aviões de combate, a fabricação de 50 helicópteros de transporte e parceria na construção de uma base naval, um estaleiro e cinco submarinos, um deles nuclear, pelo módico preço de (repito) R$31 bilhões. Para realçar seu papel "sério" na parceria, o Brasil não precisará ficar pelado em cena. De tanga talvez.

Essa configuração acima; a data de hoje, vezes 3 mais 4 igual a 31, um negocio para pensar. É um pacote de armamentos mais tecnologia, que estará ultrapassado, na entrega, dentre de alguns anos. Mas nosso presidente Lula, assessorado, pelo ministro da defesa Nelson Jobim e seu ministro Exterior Celso Amorim, seriam tão ingênuos? - Um tópico da coluna de Ruy Castro, que não é ingênuo, mas realista, escreve: Em 1959, os franceses fizeram um filme, "Babette Vai a Guerra", em que Brigitte Bardot vive uma jovem camareira de bordel, contratada pelos Aliados para se fazer passar pela ex-amante de um general alemão na França ocupada. Um agente da Gestapo descobre sua identidade, mas não a impede de continuar espionando o general que eles suspeitam integrar um complô contra Hitler.

(Na realidade esse complô existiu, nome: Operação Walkiria, onde um coronel prussiano, Von Faulkenberg, combinou com vários colegas de alta patente, inclusive generais, eliminar Hitler, em junho de 1944, quando a guerra estava praticamente perdida, sendo inutil continuar, perdendo muitos soldados e a destruição da Alemanha pelos bombardeio Aliados. Foi uma operação fracassada; Num bunker blindado com cimento e aço, e bem protegido, Von Faulkenberg, chegou sobraçando uma pasta pesada, onde dizia aos soldados que o inqueriam, que eram papeis sobre a situação dos exercitos alemães, em relação aos exercitos russos que estavam atacando, fazendo os alemães retroceder, e tinha uma proposta de defesa muito importante a dar a Hitler.Entrando no bunker, foi se apresentar a Hitler, mas não fez o gesto nem gritou "heil Hitler", como era comum entre os nazistas. Hitler, percebendo, a falta, olhou firme para o coronel, que friamente o encarou. Mas Hitler estava tenso, olhou para mesa onde estava o mapa, com a posição dos exércitos nazistas frente aos exércitos russos, viu que sua posição era difícil, resolveu ver o que lhe apresentava o coronel Von Faulkenberg. Com a desculpa que deixara algo importante no carro que o trouxe, Faulkenberg, pediu licença e saiu depois de por a mala com explosivos potentes embaixo da mesa perto de Hitler. Uma explosão violenta destruiu o bunker; o coronel olhando para traz, viu oficiais correndo, e alguns carregando uma maca com um corpo protegido por um lençol, que evidentemente era de Hitler. A operação fracassou porque Hitler sobreviveu. Seu ódio foi às alturas. Pediu investigação imediata, para descobrir os traidores. A Gestapo comandada por Himler, tomou a si essa determinação. Oficiais da alta cúpula do exercito, que não comungava com "projetos nazistas" foram descobertos e detidos. inclusive generais; foram executados pela Gestapo, por ordem de Hitler, que os chamou de traidores. È um fato muito conhecido, da história da Segunda Guerra Mundial, e filmes sobre esse episódio.)

A Folha de São Paulo de 8 deste mês, - pg.a13 - uma manchete tenta "explicar o inexplicável" - A Alemanha perdoa hoje "traidores do nazismo" - Traidores? - São seres humanos, que não compactuavam com horrores da guerra, principalmente assassinatos - extermínio de civis. Era o inicio de 1944, e a deserção das forças armadas de Hitler, que já estavam perdendo a guerra, era rapidamente punida.

O austríaco Johann Lukaschitz tinha 24 anos quando a guilhotina cortou-lhe o pescoço. Antes passara semanas com pés e mãos acorrentados, o que lhe rendera uma inflamação nas articulações e o levara a enfermaria, em dias descritos por seu visinhos de cama, como "contemplativos" O crime que levou Lukaschitz á guilhotina, num episódio narrado ao semanário "Der Spiguel" por seu companheiro de enfermaria foi oi mesmo pelo qual 30 mil soldados foram condenados - dos quais estima-se que mais de 20 mil tenham sido mortos.

Existe um velho conto que virou piada, sobre hierarquia nas forças armadas da Europa, principalmente na Alemanha Nazista; Um coronel nazista convidado para vir ao Brasil, em tempos que o ditador Getulio Vargas, tinha simpatia pelo nazi-facismo, foi levado ao nordeste para mostrar a militares brasileiros chefiados por um coronel, como as forças armadas alemãs, tinham férrea hierarquia, sobre seus soldados. O coronel nazista chamou um de seus assessores militares a se aproximar de um abismo; ato continuo mandou-o se atirar; O militar bateu continência, gritou heil Hitler e se atirou. - Sorridente, olhando para o coronel brasileiro espantado com a férrea obediência do nazista, experimentou fazer o mesmo com um simples soldado nordestino, sem patente nenhuma, para mostrar a hierarquia em nosso exercito; Como era costume em nossas forças terrestres chamar os soldados, ordinário marche.

(a proposito; em 1940, quando estava no Tiro de Guerra, me preparando para fazer parte das forças expedicionárias brasileiras, como voluntario, o sargento Nogueira, gritava com empenho; ordinário marche; eu olhava enviesado para o sargento e o interpelava, sargento Nogueira, não sou ordinário, sou de boa família e estou terminando o curso ginasial, estou ofendido; Cala a boca dizia o sargento, aqui, é treinamento militar, não é ginásio. Pelo meu temperamento briguento, saí do pelotão para enfrentar o sargento. Pra que? - fui preso, e suspenso por 30 dias. Durante esse dias "preso" tive que ouvir que no exercito, essa expressão - ordinário, não era para ofender, e sim porque eu ainda não tinhas divisas que me protegessem. Mal comparando é como os parlamentares brasileiros, tem sua própria "justiça")

Mas voltando ao coronel brasileiro, - chamando o soldado para aproximar do abismo; ele olhou feio e disse: “cê é besta coronel...” e foi embora dando de ombros, deixando o nazista bestificado, e o brasileiro espantado, afinal aquí é Brasil!

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