quarta-feira, 24 de junho de 2009

Tsunami no Senado

Tsunami no Senado. A essa frase pode-se aplicar o adjetivo: vergonha - em inglês Shame.

Explico porque: em 1963, em Dallas, EUA. Foi assassinado o Presidente John Kennedy, recém empossado na presidência da nação.

Nas cidades americanas as televisões interromperam o noticiário - apareceu a palavra "shame" em fundo negro. A população revoltada pedia a prisão do assassino. Feita a balística, o FBI descobriu que o tiro partiu de um prédio, que foi cercado e o autor do tiro preso. Levado por policias, no caminho foi assassinado com um tiro certeiro no coração, por um gangster - Rubin, proprietário de boates, que se dizia amigo do Presidente. Para não me estender mais, fico por aí.

O assunto é o espetáculo proporcionado no Senado, por seus parlamentares. As palavras mais ouvidas: ladrões, e uma frase: tem uma quadrilha no Senado. Senadores que não tem culpa "no cartório político" como Pedro Simon e Jarbas Vasconcelos, ícones, pela sua atuação na casa, entre outros, como Arthur Virgílio, Marco Maciel, Demóstenes Torres - que exige apuração de "atos secretos", Cristovam Buarque e Álvaro Dias, Sergio Guerra e mais uns poucos senadores, inflamados em seus discursos, querem apuração rápida. No painel - da Folha - caneta ágil. Um único boletim secreto (numero 2910-s) de 2004 traz 33 atos de nomeação de servidores, para diversos órgãos. Foi assinado pelo então primeiro-secretário, Romeu Tuma (PTB-SP).

Parlamentarismo. Feita por Heráclito Fortes (DEM-PI), a escolha de Haroldo Tajirta para direção geral foi aceita por José Sarney (PMDB-AP), que preferiu seu chefe de gabinete, Sergio Pena. Com a concessão, o presidente quer sinalizar que a administração do Senado (e de futuras relações embaraçosas) está definitivamente nas mão do primeiro secretário.

Depois de Sarney, Tuma foi o Senador que, ao longo dos anos, exerceu mais influencia sobre o agora encrencado, Agaciel Maia (Sou você amanhã).

Saiu por meio do ato secreto, a exoneração de Aldemar Sabino da chefia do gabinete de Tuma, na primeira secretaria. Em 2004, Sabino foi o "Agaciel da Câmara". Ocupou por 16 anos a Diretoria Geral, até ser demitido por Aécio Neves, em 2001.

Tuma o contratou em 2003 (segue a rota anterior), até que prova em contrário, comece tudo outra vez. O novo Diretor-Geral do Senado Haroldo Tajira é primo em segundo grau do primeiro suplente do Senador Heráclito Fortes (DEM - PI). Jesus Elias Tajira, dono da retransmissora do SBT no Piauí e ex-Deputado Federal (está tudo em família).Tajira também trabalhou com os Senadores Romeu Tuma (PTB-SP) e Efraim Moraes (DEM-PB) na primeira secretaria. Em defesa do Senador, disse: "trabalhei com o Senador Efraim por quatro anos e nunca houve nada que o desabonasse". Pudera! Era seu funcionário, portanto Tajira completou: não me sinto devedor de nenhum Senador.

Para completar a família, a nova diretora de Recursos Humanos, Doris Marize Peixoto, disse que é "uma servidora de carreira".

Completando: esta é uma fase que vai passar. Vamos reconstruir o Senado! É incrível! Não sabíamos que o Senado, já destruído por parlamentares corruptos, já estava destruído há muito tempo, e a credibilidade de Senadores da situação, com comportamentos "secretos" agiam a seu bel prazer, e recursos disponíveis por "atos secretos" que deixaram de ser “secretos” pelo clamor dos Senadores da oposição, principalmente. - o senador Arthur Virgílio (AM) disse que daria seu "voto de confiança" aos escolhidos, e espera que eles mostrem que estão comprometidos com mudanças. Será? Vamos conferir com certeza!

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