sexta-feira, 7 de agosto de 2009

O Senado e Hollywood dos anos 20 a 40

A sucessão de bate bocas no Senado nos remete aos filmes de Hollywood nas décadas de 1920 á 1940.

Na década de 20, os filmes cômicos dos irmãos Marx, Harold Loyd, Buster Keaton e o eterno Carlitos - Charles Chaplin, alegravam nossa infância, saíamos dos cinemas com a cuca fresca, nos reuníamos para falar de futebol, meninas que gostaríamos de namorar, o sexo pedia e realizávamos o desejo. A vida corria normalmente, política? - nem pensar, almanaques e livrinhos infantis sobre o Superman, Buck Roger, eram a sensação do momento, junto aos desenhos de Mickey Mouse e Popeye que ao tomar uma lata de espinafre, poderia enfrentar até o Mike Tyson. Não tínhamos do que nos queixar, apenas de uma eventual catapora ou coqueluche, ou outra virose, que remedinhos caseiros curavam, não precisávamos de receitas médicas.

Mas já na vida adulta o cenário mudava; Por lei éramos obrigados a tirar o titulo de eleitor. Nas eleições votávamos em quem, em nossa opinião merecia. Caso nosso candidato vencesse, ocupando o cargo a que se candidatou, e trabalhasse, vistoriando projetos de lei, e aprovasse ou não, já era um trabalho,que mereceria seu salário.- Paro por aí, pois o que acontece no plenário do Senado, nos dias e meses de hoje, é de espantar. me pergunto; O Senado que é um dos pilares da democracia, seus alicerces começam abalar;
escândalos, corrupção, atos secretos, compadrio e que tais...bate-boca entre suas excelências: Está na Folha de S. Paulo de hoje; com fotografias e acenos de seus protagonistas;O senador Tasso Jereissati apontando o dedo ao senador Renan Calheiros: "Não aponte esse dedo sujo para cima de mim. Estou cansado de suas ameaças".- Renan- "O dedo sujo, infelizmente é de V. Ex". - "São dedos de jatinhos que o Senado pagou" - Tasso -"Pelo menos é com o meu dinheiro. O jato é meu. Não é o que o senhor anda. o de seus empreiteiros" - Renan "Coronel cangaceiro" Tasso "Eu coronel cangaceiro? Cangaceiro de terceira categoria" - Renan "Você é minoria com complexo de maioria"- esse tipo de discussão de nossos pais da pátria, arruinam o Congresso e os pilares da democracia.

A colunista Barbara Gancia, em seu artigo de hoje no Caderno Cotidiano da Folha, (me aposso de alguns tópicos - espero que ela me desculpe, sou assíduo leitor) escreve; Mais foi só o senador pelo Estado do Amapá começar a falar; (pulo para outro tópico); - Não seria mais apropriado para um membro da Academia Brasileira de Letras, que está com mais um romance em andamento, ter oportunidade de ir cuidar da vida, digamos acadêmica, do que ficar às voltas com essa coisa de de encaixar o namoradinho da neta nos bastidores do serviço publico? - O discurso de alguém que esteve ao lado do regime militar, desde o primeiro momento, foi eleito indiretamente, apoiou o AI-5 e agora vem querer nos passar a idéia que era um guerrilheiro do Araguaia?- (passo para outro tópico) / Só faltou Sarney se dizer vítima dos militares. "querendo ser indenizado?" - "Nossa inteligência não precisa ser pisoteada pelos 50 minutos de seu discurso no plenário!" - finalmente encerra seu artigo com um texto que deveria ser introduzido, nos anais do Congresso. "Vale lembrar que, enquanto Sarney contava vantagem no plenário, outro ex-presidente, Bill Clinton, voava de volta para os EUA com duas jornalistas americanas que ele ajudou a livrar das garras do ditador Kim Jong-iL - pensando que não, encerro meu post.

Nenhum comentário:

Postar um comentário